segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Arnaldo Baptista Mode On

Por Bruno França

Ei bicho, sou aquele que te balança, coisa velha, coisa boa, tão boa que vive até hoje. Já tive vários reis, vários princípes, reinados longos, longos de prazer, de gênialidade. Vi Presley me tocar em casas religiosas, quebrando barreiras de crenças. Um loki chamado Johnny Cash desafiando tudo e todos, show em uma prisão em plenos anos 60? Só ele.

Rodei o mundo a bordo de um submarino amarelo, com toda cena roqueira que surgirá nos anos a seguintes. Sou o que posso dizer, desgosto para os mais conservadores, mães não gostam de mim, até porque, um dos maiores roqueiros que já existiu falava, "Roqueiro não tem mãe", quem é ele? Cazuza! No Brasil fui causa de mortes, de exilações, mas também de forma de protesto, manifesto total, não só aqui no Brasil, importante dizer isso.

Vivo em uma constante mudança, mudança de idéias, criatividade, e não de nome ou a mensagem que devo passar. Muitos hoje em dia pensam que fazem, mas não chegam nem perto. Tem aquela frase de pessoas mais antigas ou nem tanto que fala o seguinte, "Música boa, é música antiga", deveria mudar para, "Rock bom, é rock antigo", e os bons que surgem e ainda restam, são poucos valorizados. Posso falar de boca cheia, o Rock não morreu, nunca morrerá.

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